FEEDBACK MASTERMIND

SUPERANDO A CULTURA DA CRÍTICA 

Uma habilidade que requer método e está diretamente ligada ao bom resultado de um profissional, de um líder, de uma equipe ou de uma organização. Um feedback orientado e profissional é uma ferramenta verdadeiramente poderosa no desenvolvimento de rotinas saudáveis e produtivas. 

A cultura da crítica, tradicionalmente enraizada nas relações humanas e tão comum entre gestores da atualidade, mostra-se um risco latente. Habilidades em desenvolvimento podem ser minadas por uma crítica agressiva. Por outro lado, um feedback bem construído corrige distorções com habilidade, de modo que, ainda que diante do erro, o profissional tenha suas competências lapidadas em prol de seu crescimento próprio e do desenvolvimento de sua equipe. 

É necessário, ainda, compreendermos porque as pessoas costumam ser tão duras quando abordam o erro de outra. Neste sentido, o treinamento MasterMind não se limita a aplicar uma técnica exclusivamente pautada em feedbacks profissionais. Demais habilidades são trabalhadas ao longo das sessões, construindo, em última medida, a consciência sobre o real significado e atitudes de uma “Liderança”. 

É comum à natureza humana espelhar suas fraquezas nos outros. Deste modo, a crítica pura e seca é, em grande medida, a mera projeção de medos próprios. Auto-conhecimento e autoconfiança, quando em medida adequada, clareiam as relações e inibem o medo de que, ao enaltecer o outro, ofusquemos nosso próprio brilho. 

A depender do resultado que se pretende e das pessoas envolvidas, o feedback terá um desenho diferenciado. Ora mais firme, ora mais amoroso. “É necessário atenção para não dar alpiste para leão e bife para passarinho”, ilustra o Instrutor Enoir Santos. “Precisa-se respeitar uma estrutura, o tempo necessário para um feedback, o ambiente, o grau de intimidade.” 

A importância do feedback profissional e com propósito certeiro, foi validada recentemente pela ciência. Artigo publicado por Jason Dahling, Alison L O’Malley e Samantha L Chau no Journal of Managerial Psychology (2015), trata de pesquisa sobre os efeitos do feedback no desempenho profissional. 

Um feedback assertivo passa por três escalas distintas, que devem ser aplicadas em pesos e medidas adequados. “Em uma escala de conversa a respeito de desempenho, temos:

1) o feedback para corrigir a necessidade de melhoria de desempenho;

2) o feedback para monitorar o desempenho e apontar como está o andamento de determinada atividade;

3) e em última escala, o elogio, que também é uma ferramenta para se dar feedback, aplicada quando se percebe um pico de excelência ou algo de grande destaque”, esclarece a Instrutora Juliana Costa. 

É necessário usar o feedback como uma espécie de fertilizante; esta é uma das habilidades mais valorosas de um líder atento

O elogio transforma-se em ferramenta de construção de novos líderes, que tiveram as suas melhores habilidades enaltecidas e, portanto, desenvolvidas. Da mesma maneira, evita que um profissional de alto valor agregado tenha a sua importância esmaecida ou perdida. 

“Trata-se da percepção do outro sobre nossas habilidades e atitudes. Deste modo, saber dar e receber feedbacks de maneira construtiva, positiva e ativa resulta em ganhos valorosos não apenas em ambientes organizacionais, como nos relacionamentos interpessoais de um modo geral, inclusive os familiares, mostrando–se como um forte instrumento para os desenvolvimentos profissional e pessoal”. 

O feedback orientado é ainda um elo em prol da coesão da equipe. “Uma equipe acostumada a dar e receber feedbacks cria mais intimidade, conhecimento mútuo e torna a comunicação mais limpa e menos truncada. Quando se precisa dizer algo, tem-se a liberdade, sem ‘rodeios’ ou preocupações. Destrava a comunicação e torna as pessoas mais próximas, o que favorece a construção de alianças de mentes em prol do crescimento e desenvolvimento coletivo”, finaliza Enoir Santos. 



Juliana Costa 

Diretora MasterMind, Vitória – ES