OBJETIVOS DEFINIDOS

Tudo fica mais fácil quando você já sabe a resposta. Assim meu objetivo agora é tornar mais fácil pra você definir os seus objetivos; se já tens, poder redefini-los ou validá-los. 

Pegou essa primeira dica? Muito bom. Os nossos objetivos estão sempre relacionados a nossos interesses. Entenda, falei ‘interesse’, pois felicidade pode ser outra coisa. 

Nossos interesses geralmente estão relacionados às nossas necessidades, inclusive se estas estiverem de algum modo ligadas às necessidades de outras pessoas, como na primeira dica, quando meu objetivo era “tornar fácil pra você definir teus objetivos”. E como esse objetivo de trazer resultado pra você pode estar ligado ao meu interesse? 

Boa pergunta! Eu sei que eu sou instrutora Mastermind pela The Napoleon Hill Foundation e isso é consequência de eu ter atendido à minha necessidade de ajudar às pessoas em seus objetivos. Então, a conclusão é que, ao ajudar as pessoas eu ganho satisfação pessoal. 

Enfim, meu altruísmo é, de certo modo, nada menos do que atender meu interesse pessoal, ou vice versa: ao atender meu interesse pessoal torno-me também – e por consequência – altruísta. 

Quando surge uma oportunidade ou desafio, eu me pergunto: isto, de alguma maneira, me aproxima ou me afasta de meus objetivos? Assim, sem rodeios; pergunta direta! 

Escrever artigos, estudar horas a fio, trabalhar fins de semana, superar a mim mesma são atividades “meio” para meus objetivos. Assim, fazendo a mesma pergunta, eu também consigo escolher remar de caiaque, praticar meditação, pilates e Kravmagá, pois essas são atividades importantes para que meu corpo físico e mental tenha melhores condições de alcançar meus objetivos. 

A segunda dica é que você descubra o quanto antes quais são os teus interesses, de modo que tuas atividades tenham coerência com eles. 

E a família, o trabalho, amigos, romance? Ficam por último? Quando tudo é prioridade, nada é prioridade. Essa é a parte mais interessante! Vamos entender as nossas atividades como decorrentes de nossas escolhas e admitir que essas podem estar sendo feitas visando a uma satisfação mais imediata, mais racional ou emocional, assim, se o seu objetivo maior não te trouxer tanta satisfação, vai ficar muito fácil trocar atividades “meio” – que sejam mais penosas ou entediantes – por alternativas prazerosas mas que te distanciem bastante do seu objetivo; por isso é essencial que seu objetivo maior seja realmente capaz de te gerar grande satisfação. E esta foi a terceira dica. 

E como conciliar todas as nossas demais necessidades, família, realização e, no meu caso, as responsabilidades da profissão de advogada e gestora de um grande escritório de advocacia, amigos, romance, etc? Como se fossem esferas de vidro e eu a habilidosa malabarista. Simples? Não! Muitas vezes temos que tomar decisões difíceis sobre o que dar atenção imediata. Nessas horas me pergunto: com qual consequência conseguirei conviver melhor? 

O que pode ser único e irrepetível e o que pode ser adiado? Á quem prefiro decepcionar nessa situação? Muitas vezes a maior dúvida é entre algo que nos faz parecer egoístas ou algo que nos vai trazer validação de pessoas importantes para nós. 

Analisando a situação acima, vemos que a quarta dica é buscar constantemente o equilíbrio. Digo “constantemente”, pois nossas atividades devem ser uma sucessão de nossas próprias decisões. Até agora não se conhece capacidade individual sem a possibilidade de fazer escolhas. Quanto mais dificuldade em fazer escolhas, mais energia desperdiçada e ansiedade gerada, por isso a habilidade em decidir deve ser treinada. 

Se ficamos num dilema ou indecisão prolongadamente, pode ser que estejamos carentes de apoio em nossos objetivos e isso pode ser culpa nossa por não compartilhá-los com quem é importante para nós. Por outro lado, pode ser que nós mesmos estejamos em dúvida sobre o quanto realmente ainda queremos verdadeiramente aquele objetivo. Rever nossos objetivos de vez em quando não é inconsistência, ao contrário, é buscar ser coerente e eficiente, com isso certamente seu caminho pode não ser o mais fácil, mas ser, sim, o que te faz viver com coerência, plenitude e entusiasmo. 

Tatiana Amaral  

Advogada e Instrutora MasterMind em João Pessoa – PB